Esse é o diário de bordo da minha aventura na metrópole do mundo.


Feliz ano-novo na Times Square




Os que ficaram frustrados com a falta de emoção natalina em NYC registrada neste blog podem começar a sonhar novamente: o New Years Eve na Times Square promete. A grande bola e o palco já estão montados e o trânsito será interrompido a partir das 15h e os shows começam por volta das 16h. Esta será a 100ª vez que a contagem regressiva para a virada do ano acompanha a descida da bola iluminada em frente ao antigo prédio do New York Times, mas a festa no local acontece desde 1904. A primeira edição do Réveillon mais famoso do mundo celebrou a inauguração da (nova) sede do jornal e a troca do nome da então Longacre Square para Times Square. Alfred Ochs, o proprietário do NY Times não poupou em nada e deu a cidade e a 200.000 pessoas presentes na data um show pirotécnico nunca antes visto. Em 1907, a prefeitura proibiu os fogos e Oachs criou a famosa bola. Este ano a bola vem com 9.576 lâmpadas, se desprende do topo do mastro de 77 pés (23,46m) às 23h59, atingindo a base exatamente às 24 (ou zero) horas. Quem tiver interesse e quiser saber mais sobre o ano-novo na Times Square, clique aqui e visite o site da Times Square Alliance.

  • Hoje tocam Lenny Kravitz, Carrie Underwood, Jordin Sparks, Blake Lewis, Lighthouse, Anderson Cooper, Kid Rock e outros.
  • Estima-se que mais de 1 milhão de pessoas estejam na Times Square hoje e mais de um bilhão acompanhe o evento ao vivo pela TV.
  • Ano passado foram recolhidas 42 toneladas de lixo das ruas depois da festa.
  • O prefeito Michael Bloomberg vai apertar o botão que faz a bola descer.

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Postando do iPhone



So de esporro, este post sai direto de um iPhone, da Apple Store do SOHO.



Essa é a minha Heashot para trabalhar como figurante. Força na cabeleira vermelha!

Aos que não conhecem, a expressão do título é uma referência ao clássico da MTV e do YouTube "A Obra - Tela Class". Nesse conexto significa apenas que tá difícil, ruim de conseguir trabalho nessa cidade. Já ouvi que sou overqualified pra alguns empregos, mas ninguém me liga dos empregos bons. Esta semana apliquei para Prep Cook (auxiliar de cozinha), Dog Walker (passeador de cachorro), Cashier (caixa), Courier (office-boy), Dishwasher (lavador de prato) e Waiter (garçon) além dos tradicionais 10 a 15 emails por dia para vagas de designer e diretor de arte. Um outro bico que estou tentando é de figurante. Quem sabe não apareço no próximo filme do Will Smith?

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Uma vida meio Hopi-Hari


Morar em NYC é viver uma montanha-russa de emoções. Acordei esta manhã superdisposto a – depois de mandar alguns resumés – contar pra vocês sobre o apartamento que aluguei. Ao chegar na quinta avenida, percebi que tinha que comprar créditos pro celular. Aqui eles cobram tanto pra ligar quanto pra receber (mesmo valor) e quando os créditos acabam o celular morre. Como é que alguém vai me contratar se não puder falar comigo? Até aí, tudo bem. Coisa mais-que-normal comprar crédito pra celular... mordi a língua. Estando na 5th Avenue, caminhei cerca de 20 blocks atrás da porcaria do cartão da T-Mobile. Ok, uma caminhada forçada no frio, mas isso não é motivo pra ficar chateado, não é? Vamos em frent... mordi a língua outra vez. Ao tentar pagar pelo cartão porcaria suspeitei pelo saldo do cartão que o turco tinha me passado a perna no aluguel da Van (vou falar disso em seguida). Vinte blocks de volta, morrendo de raiva daquele turco fdp (virou fdp no terceiro quarteirão, daí pra frente só piorou) pra checar se a suspeita se confirmava. Graças a Deus era só suspeita. Já tava pensando em como eu ia jantar...

Em apenas duas horas fui de feliz a P da vida e voltei. Andei 40 blocks no frio (20 de ida e 20 de volta) e estou aqui, pronto pra começar o post. Nem o Beto Carreiro tem emoção assim...

Por volta das 11h da noite do último dia 23 encontrei um maluco que disse estar morando na casa de uma brasileira que encontrou no trem, que o marido dela era americano e que o irmão do cara tinha um apartamento no Harlem pra alugar. Perguntou se eu não estaria interessado. Depois de ver cada espelunca que mais pareciam o apartamento do Peter Parker no Spiderman 2 e 3 (no 1 ele mora com a Tia Mae e depois com o Harry em apt supercool), resolvi dar uma chance ao cunhado da brasileira. Eu e um outro brasileiro, meu roommate, Lucas. Quase 1h da manhã do dia 24 estávamos vendo um apartamento inacreditável por um preço parecido com o das espeluncas. Mudamos às 9h da manhã. O único problema era que o apartamento não tinha móvel algum além do fogão e da geladeira.

Na fé, entrei no oráculo de toda a NYC: o Craigslist pra ver se não tinha ninguém doando alguma coisa. E não é que tinha? Um casal mudando pra Israel estava doando quase toda a mobília. Só passar e pegar. Aluguei uma van (do turco fdp) na U-HAUL e fui buscar. Tudo o que vocês vêem nas fotos foi completamente FREE. Nem acreditei quando cheguei na casa dos judeus. Impressionante. Tanto a doação quanto a praticidade de você poder alugar uma van ou um caminhão e fazer sua própria mudança po US$ 19.90 + 0.95 por milha rodada. Na noite de natal estávamos com o apartamento pré-mobiliado. Só falta cama, garfo e faca.
Ah, o apartamento é no Harlem, Leo. Ponto pra mim!


Foto artística no apto limpo e arrumado (feita com o timer da câmera)


Bagunça na noite de natal



Banheirão com banheira


Até isso os judeus me deram


Cozinhando com uma chave de fenda


Sala e cozinha arrumadas

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No White Xmas



A árvore do Rockfeller Center durante o dia e à noite: a coisa parecida com natal que tem por aqui
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Sabe todo aquele clima de natal que vemos nos filmes? Famílias reunidas em volta da lareira, neve caindo lá fora e aquele climão comercial de Coca-cola por toda a cidade? Em NYC não é bem assim. Nem nevar nevou. Durante o dia de ontem só lembrei que era natal porque algumas lojas estavam fechadas. Isso mesmo, algumas. A maioria estava bem aberta. Tirando isso, era um dia normal como qualquer outro. Gente tocando ou dançando no metrô por uns trocados, outros pedindo trocados sem fazer nada, ratos correndo nos trilhos e muita gente comprando, comprando, comprando. Tem um musical na Broadway com bastante publicidade pela cidade que se chama "Como o Grinch roubou o Natal", deu vontade de assistir.

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Merry Xmas


Este vídeo foi o melhor presente de natal que eu poderia ganhar. Eu também te amo muito!

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Bem mais que vinte e poucos anos...


poco
Praia do Poço, Cabedelo - Palco do meu Work Experience Paraíba

Eu devia ter feito essa viagem quando tinha 18 anos. Não pela idade, mas pela disposição. Ontem o hostel encheu de brasileiros e eu conheci dois gaúchos de Rio Grande, um com 18 e outro com 19 anos. Até ontem eles estavam numa cidade perto de Boston, trabalhando numa metalúrgica, dormindo no chão, comendo congelados todos os dias e – tirando o salário – estavam achando muito bom. Lembrei dos meus 18 anos.
Com 18 anos eu fui pro Nordeste trabalhar com o meu pai num bar que ele tinha comprado na Praia do Poço, de frente para Areia Vermelha, em Cabedelo/Paraíba. Durante quase 3 meses eu dormi numa rede no depósito do restaurante, tomei banho de mangueira (não tinha chuveiro), não assisti TV e não tinha grana pra nada. Naquele ano, eu e o meu pai passamos o natal no "Bar do Mijo", longe da família. (Lembra disso?) Nunca reclamei nem mudaria uma vírgula daquela temporada.

Hoje não tenho mais a mesma disposição pra roubadas. Pensei que tinha antes de embarcar. Pensei que era o peso da responsabilidade que tinha me feito mais prudente e acostumado com segurança, respeito e essas coisas de "gente grande". Pensei que se deixasse tudo esquematizado pra minha esposa e filha, contas em dia e tudo mais, eu voltaria a ter esse desapego com essas coisas por um tempo. Hoje caiu a ficha: tô mais pra tiozão que pra adolescente...

Toda noite eu penso em pegar a grana que me resta e sair pra aproveitar as atrações que não visitei ainda por medo de ficar sem grana. Quando o dinheiro acabasse, pegaria o avião e encararia essa trip como puro turismo. Em duas semanas estaria de volta ao Brasil na minha vida segura e tranquila. Pelo menos teria conhecido NYC.

Não seria um mau negócio, eu sei. Há tempos eu queria fazer essa viagem. Mas toda a manhã o "e se..." me faz desistir dessa idéia. Ainda existe uma esperança de conseguir um trabalho legal, desses que fazem os foreign-borns, e aí tudo muda. Estou na fé.

Mais fotos de NYC



Brooklyn Bridge


West 14th Street


Prédio a venda no Harlem. Será que alguém compra?


Leão na entrada da Biblioteca Pública de NYC


The Salvation Army - tem um destes em cada esquina

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Fotos


Leitores: quero compartilhar algumas fotos que tenho tirado nas minhas andanças pela cidade que nunca dorme. Como no blog não dá pra colocar fotos grandes, abri uma conta no Flickr. Vou continuar postando algumas coisas por aqui, mas quem quiser pode vê-las em maior quantidade e maior resolução clicando aqui. Clicando na foto abaixo também vai. Abraço.

Na mesma foto temos o Chrysler Building ao fundo, a Grand Central ao centro, A Madison Avenue (representada pela placa à direita) e um Yellow Cab passando em primeiríssimo plano.

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Esperando o metrô na estação da rua 96

NYC é uma cidade de imigrantes, não há como negar. Mas nem todos são tratados da mesma maneira. Até onde pude perceber existem duas esferas de preconceito/respeito com os imigrantes. Mesmo os imigrantes que se acham na esfera superior tendem a ser preconceituosos com os da esfera inferior. Essa é a dura realidade

Estão na classe "cucaracha" os imigrantes que estão aqui sem alguma especialização, trabalhando em restaurantes, lanchonetes, construção civil, carregando caixas, dirigindo taxis, etc. Os cucarachas praticamente se matam por um emprego. Ninguém tá muito interessado na pessoa por trás da função. Se puder carregar a caixa daqui pra lá, muito bem. Se tiver algum problema, achamos outro cucaracha. Tudo no melhor estilo "Não gostou cai fora. NYC tá cheio de cucaracha igual a você!".

A segunda esfera é diferente. São profissionais graduados, com alguma special skill. Segundo o jornal METRO de 19 de dezembro, 1/4 de todos os CEOs de NYC são foreign-born. Notaram a diferença? Os lavadores de pratos são immigrants enquanto os CEOs são foreign-born. Estes são tratados com respeito apesar de sofrerem um pouco de discriminação quando disputam diretamente alguma coisa com um americano. São pessoas que não podem simplesmente ser substituídas automaticamente. São profissionais com "penso".

Definitivamente não quero estar na classe dos cucarachas. Prefiro ser foreign-born. Se não achar um emprego que me trate com o respeito que mereço, talvez não fique aqui por muito tempo.

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Brooklyn



Brooklyn neighborhood


Fort Green Park


Dekalb Avenue

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Breakfast




A pior refeição do dia é o maldito Breakfast. No almoço ou na janta você escolhe entre McDonalds, Subway, Burger King ou Pizza e manda ver. Já sabe o que esperar. No café da manhã tudo é surpresinha. Parece que tudo é doce, tem cara de almoço ou é ruim pra caramba. Ontem pedi um Turkey Sandwich, pensando que viria alguma coisa com peito de perú e recebi um hambúrguer [pão e bife de peru]. Outro dia comi um croissant com omelete e hambúrguer.
Hoje, em mais uma tentativa frustrada, comprei um copo de iogurte com granola que estava bonitão na prateleira. Frutas picadas, iogurte com cara de caseiro, US$ 4.00. Abri o copinho , enfiei a colher de plástico e percebi a roubada. Tinha mais granola que iogurte. Tanta granola que o iogurte deixou de ser líquido e virou "pasta de granola". Como se isso não bastasse, o iogurte não era doce nem a granola tinha o tradicional melzinho na receita. Comi porque foi caro, mas depois tive que comprar um suco de pêssego pra tirar o gosto ruim da boca.

Que saudade de um pão francês com requeijão, chester e queijo prato.

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Nice days & Bad days



Sweeney Todd: The Demon Barber of Fleet Street (em cartaz hoje nos melhores cinemas)

O mais difícil de morar em NYC sozinho é estar em NYC sozinho. Tem tanta coisa a ser compartilhada nessa cidade que a gente se sente aproveitando tudo pela metade. Não sei, talvez eu tenha acostumado a chegar em casa no fim do dia e dividir tudo o que aconteceu, comemorar os dias bons e ter um ombro pra chorar nos dias ruins, e isso faz falta. Vou usando o blog como palhativo.
A última quarta-feira foi um dia bom, o melhor que tive aqui até agora. Fiz minha primeira entrevista e tudo correu bem. Montei meu portfolio, cheguei no escritório na hora marcada e fui atendido por duas mulheres, uma CEO da empresa e outra Diretora de Marketing, Danielle e Liz. Meu inglês estava bom, fluente, conversamos bastante, gostaram do meu trabalho e nos despedimos com "vamos mandr um email pra você esta noite". Depois de sair dessa entrevista, fui até uma outra, roubada total, daquelas de vender livro infantil na rua, mas isso não abalou minha alegria. No fim do dia, passei na Apple Store da 5ª avenida (minha Lan House favorita) e li o email delas: pediram um flyer-teste. Ok, let's do it!
Ontem, em compensação, foi um dia ruim. Como não tenho computador ainda, cheguei na Apple Store cedinho para fazer o flyer-teste. Pra que ninguém more dentro da loja, não tem bancos ou cadeiras por aqui. Você pode usar qualquer computador que queira, pelo tempo que desejar, desde que fique de pé. OK, no problem, I can do it. Três horas depois - com as pernas formigando - estavam prontas 2 opções de flyer. Entrei então no Craigslist pra procurar um quarto pra morar. Achei um no Brooklyn, liguei, marquei uma visita, peguei o endereço e as DIRECTIONS (isso é fantástico aqui, depois escrevo um post só sobre isso) e fui pra lá. Pega trem, desce na estação tal, pega o ônibus tal e desce na Carlton Avenue.
- Ei, bus driver, você pode me avisar quando chegarmos na Carlton Av.?
- Of course I can!
Acho que meu inglês não é muito bom e eu não sei o que isso quer dizer. O FDP do motorista me levou até o fim da linha e nem desculpa pediu. Peguei o ônibus de volta e pedi a mesma coisa ao outro motorista. Mesma resposta. Mesma atitude. Se eu não fico ligado nas plaquinhas ia acabar no fim da linha outra vez. Cheguei no endereço. Um prédio fedorento, com lixo na porta, de frente pra um viaduto, com uma Deli (mercadinho) e uma Liquor Store (loja de bebidas) no térreo. Me atende uma ucraniana nojenta, estudante de arquitetura que esnoba quando descobre que eu sou brasileiro. Meu inglês ontem tava uma merda (isso é normal?). Ela mora num apartamento cocô, cheio de ratos e lixo e se acha no direito de esnobar alguém. Quantos Big Macs será que essa russa de merda comeu na infância? Resultado, rodei a tarde toda só pra ter raiva.
Andei um pouco no Brooklyn e peguei o trem de volta pra Manhattan. Desci na frente do Museu de História Natural mas era tarde pra pagar US$11,00 pela visita. Passei na Apple Store e fui pro hostel. Pra fechar o dia, tomei banho e esqueci minhas Thermo Pants (ceroulas) no banheiro. Acordei hoje pela manhã e alguém já tinha levado. Estou com as pernas congelando.

Hoje vou no cinema. Espero que o dia seja melhor.
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Neste exato momento tem um negão no computador do meu lado que abre fotos da Miranda Kerr, escreve alguma coisa num papel e fica mostrando pra tela do computador. Ele fica gesticulando, abrindo e fechando a boca como se falasse com ela, mas não emite nenhum som. Ele já tá fazendo isso tem umas 2h. Tem cada doido nessa cidade...

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Land of Opportunities


Tudo em NYC eh organizado pra que voce seja completamente independente e nao precise perguntar nada pra ninguem. Eh o jeito deles... mas funciona. Hoje abri uma conta no Bank of America, solicitei meu Social Security Card e minha driver's license. Soh a ultima nao rolou porque precisa ter o SS pra aplicar. Descobri a Staples, uma rede de lojas de produtos de escritorio que tem um print center bem legal, vou imprimir minhas coisas lah. Por hora era isso. Meus dois dolares estao acabando...

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Leitores, me desculpem a falta de acentos, mas eh um computador publico peba e caro. Hoje fui a minha Lan House favorita, a Apple Store 5th Avenue, e mandei meu resume pra algumas ofertas de emprego. Ao chegar no hostel, por volta das 7 da noite recebi uma ligacao marcando uma entrevista para o cargo de Graphic Designer. Amanha 12h30 vou encontrar-me com o CEO da empresa, com o diretor de Marketing e o atual designer. Torcam por mim!

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Calma, cheguei!


Caros leitores, a coisa foi meio complicada na chegada. Demorei 39 horas entre a porta da minha casa e a porta do albergue no Harlem. Chegando lá descobri que a internet grátis que diz o anúncio é wireless, ou seja, você precisa ter um computador para aproveitá-la. Se você não tem, U$ 2/20 minutos. E a barra de espaço não funciona. Dá pra entender o motivo da demora em postar pela primeira vez das terras do Tio Sam, não é mesmo? Mas entro em grande estilo: meu primeiro post from NYC é de dentro da Apple Store 5th Avenue. Como não tenho muito tempo, seguem algumas considerações sobre as primeiras 24h na cidade que nunca dorme.
  • Beber água aqui custa 2x mais que beber suco e 4x mais que beber coca-cola.
  • O Harlem é realmente um bairo de negros. Ponto pro Leo.
  • A segurança no metrô é absurda. Uma menina sentou do meu lado, abriu um PowerBook 15" e escreveu um email pro namorado. Ninguém nem olhou estranho pra ela.
  • NYC é uma cidade suja, especialmente no Subway (metrô)
  • Neve derretendo escorrega pra caramba. Quase caí umas 5 vezes.
  • Se você tem um laptop, sua vida digital vira um paraíso. Internet wireless em praticamente todo o lugar. Se você não tem, tá ferrado.
  • Se você é do tipo que ama a natureza, você pode comprar uma sopa ou um Ginge e comer na Union Square vendo os esquilos correndo pra lá e pra cá.
  • Não se houve palavra alguma no trem pela manhã. Apesar de todos os assentos estarem ocupados, todos lêem calados os seus jornais.
  • Bagel (até onde eu entendei) é um panifício feito de QUALQUER coisa, desde que tenha o formato de rosca.
  • No McDonalds, peça refrigerante sem gelo. Se você não falar nada, vai receber 1/2 copo de refrigerante e 1/2 de gelo.
  • "To stay or to go?" é uma sentença impronunciável para os atendentes de lanchonete aqui. Eles falam alguma coisa como "steiorugol"
  • O Big Tasty aqui se chama Angus. Big n' Tasty é a categoria dos lanches grandes.

Os Boroughs de New York



The Five Boroughs of NYC 1: Manhattan 2: Brooklyn 3: Queens 4: The Bronx 5: Staten Island.

Tentando entender como funciona a cidade que nunca dorme, encontrei no Wikipedia um aspecto interessante da geografia política de Nova Iorque.

Como assim?
A cidade é dividida em 5 Boroughs. Em português, borough (de Burgo = cidadela fortificada na Idade Média) seria alguma coisa próxima a distrito, mas com uma unidade administrativa própria. Isso no resto dos Estados Unidos. Em NYC este não é o siginificado de borough.

Apesar da divisão ser bem clara, de cada um dos boroughs ser representado por um borough president e ter – com exceção de Manhattan – um borough hall (algo como uma prefeitura do distrito), nenhum deles tem independência administrativa. O "presidente do Burgo" não tem muitos poderes executivos e nem qualquer função legislativa dentro do distrito. Quem manda mesmo é o prefeito da cidade de Nova Iorque. E quem legisla é o New York City Council.

O sexto borough?
Os boroughs foram criados em 1898 durante a consolidação das divisas da cidade e seus limites geográficos se mantém até hoje. Muitos lugares, próximos ou distantes de NYC já se autodenominaram the 6th Borough. Entre eles estão Hudson County (NJ), Nassau County (NY), Newark (NJ), a cidade de Filadélfia (PA), o sul da Flórida e até mesmo Israel. A única proposta formal que de fato mereceu consideração por parte da prefeitura de NYC foi em 1934, quando o conselho municipal sugeriu a inclusão de Yonkers como sexto borough.

Usa-se a expressão Five Boroughs pra se referir a Nova Iorque como um todo (algo como grande Porto Alegre, Grande Florianópolis ou Grande São Paulo), evitando assim confusão ao se referir apenas à área metropolitana de NYC ou mesmo à Manhattan.

Em junho de 2004, os Beastie Boys lançaram um álbum (o sexto deles gravado em estúdio) chamado To the 5 Boroughs. No dia seguinte ao lançamento, o álbum alcançou a primeira posição no Billboard 200 e teve 360.000 cópias vendidas na primeira semana.

Existe uma rede de sorveterias chamada 5 Boroughs Ice Cream que tem lojas por toda NYC. Cada sabor de sorvete foi batizado com o nome de um bairro, uma rua, uma esquina ou uma região da cidade.

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Estejam convidados




O Botequim fica na Av. Rio Branco, quase esquina com a Av. Osmar Cunha, no centro de Florianópolis. Aguardo todo mundo lá.

Frio em NYC




O Jornal Nacional da última segunda-feira informou que o dia 1º de dezembro foi o mais frio do ano na cidade de Nova Iorque, e ainda nem é inverno. Segundo o site AccuWeather.com temperatura chegou a 27ºF (-2.8ºC) mas a sensação térmica ficou em 19ºF (-7.2ºC). Metereologistas afirmam que este deve ser o inverno mais rigoroso da década na cidade que nunca dorme. Já tô com medo dessa friaca...

Previsão do tempo para esta semana em NYC

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Laura Esteves Confirmada


Parece que essa monografia vai ser mesmo um sucesso. Acabo de receber a resposta da Laura Esteves, que depois das férias e durante o lançamento do seu novo livro concordou em colaborar. Antes mesmo de sair do Brasil, já tenho confirmadas as presenças de 2 feras da nova geração de publicitários brasileiros na Madison Avenue. Obrigado Laura.




Laura Esteves é mineira de Belonzonte, redatora na DDB NY, maratonista, escritora bilíngüe, colunista da seção Passaporte do CCSP e adora deixar bilhetes nos tênis do namorado. Cria para Diet Pepsi, Budweiser, prefeitura de New York e já rodou um comercial com Jerry Seinfeld.

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Vou dormir no Harlem




Minha fase dos "não sei" parece estar chegando ao fim. Há dois meses que esta é minha resposta default. As pessoas me perguntavam: "...vai morar onde?" ou então "...onde/com o que você vai trabalhar?", "vai trazer muita coisa de lá?" ao que solenemente respondia: não sei. Agora, pelo menos uma das perguntas já ganhou resposta. Acabei de reservar as primeiras 10 noites em um albergue no Harlem.

Sim, eu sei que o Harlem é um bairo de afro-descendentes e com esse meu layout americano-de-olho-azul eu posso me dar mal. Todo mundo já falou isso. Mas lembra do objetivo #3 do primeiro post? Além disso, o hostel é barato, limpinho e fica perto do metrô e a fama do Harlem é dos anos 80. Parece que tudo mudou e a coisa não é mais assim tão preta como nos filmes do Charles Bronson. Afinal, Nova Iorque é uma das metrópoles mais seguras do mundo, não é isso?

Além disso, tenho um amigo que disse que eu não visitaria o Harlem, que eu teria medo. Falei que queria visitar uma Igreja e assistir a um culto por lá e ele duvidou. E não gosto que duvidem de mim. Porém, se alguém tem algum motivo real para que eu desista disso, fale agora ou cale-se para sempre. Se me acontecer alguma coisa por lá, pode pôr a culpa no Leo.


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É com grande satisfação que anuncio aqui que o Ícaro Dória aceitou o convite para participar da minha monografia. Quem leu o primeiro post sabe que este "aceite" é um importante passo para a realização do objetivo 2 desta viagem. Na madrugada de ontem enviei emails para o Ícaro, para a Laura Esteves (redatora, DDB NY) e para o Kleber Menezes (diretor de criação, Y&R NY) convidando-os a participar do meu projeto e pedindo dicas de outros profissionais brasileiros bem-sucedidos na Madison Avenue, a Meca da propaganda americana. O homem das bandeiras foi o primeiro a responder. Obrigadaço, Ícaro.


Ícaro Doria, brasileiro, 27 anos é talvez o mais jovem diretor de criação da Saatchi&Saatchi, agência premiadíssima no mundo inteiro. Ícaro ganhou fama internacional com a campanha Meet the World, para a revista portuguesa Grande Reportagem. A campanha ganhou, entre outros prêmios, o Leão de Ouro no Festival de Cannes de 2005 e o Grand Prix do Fiap, Festival Ibero-americano de Publicidade e já recebeu diversas atribuições falsas de autoria, nome e propósito que circularam pelo mundo através de emails e blogs. Até prêmio Nobel já sugeriram para o "diplomata norueguês" que supostamente teria criado os infográficos a pedido da ONU. Confira aqui, aqui e aqui.

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O segundo post









Só pra o primeiro não ficar triste e sozinho, vai um post que tem tudo a ver com o blog: a letra de New York, New York, do homem que captou esta cidade como niguém.



New York, New York
Frank Sinatra

Start spreading the news, I'm leaving today
I want to be a part of it - New York, New York
These vagabond shoes, are longing to stray
Right through the very heart of it - New York, New York

I wanna wake up in a city, that doesn't sleep
And find I'm king of the hill - top of the heap

These little town blues, are melting away
I'll make a brand new start of it - in old New York
If I can make it there, I'll make it anywhere
It's up to you - New York, New York

New York, New York
I want to wake up in a city, that never sleeps
And find I'm a number one - top of the list - king of the hill
A number one

These little town blues, are melting away
I'm gonna make a brand new start of it - in old New York
And if I can make it there, Im gonna make it anywhere

It's up to you - New York, New York
New York

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O primeiro post


Fazer o primeiro post nunca é tarefa simples. A vontade é de contar tudo o que motivou o nascimento de (mais) um blog, o que você pretende com isso e tudo mais como se alguém realmente fosse ler (interessado) aquele post que fica esquecido no fim da fila das intermináveis novidades sobre o tema proposto. Mas como alguém, em algum momento, por algum motivo qualquer, pode querer de fato encontrar o princípio de tudo, é justo que encontre o primeiro post.

Este blog vem ao mundo digital hoje, na madrugada de um sábado fadado a ser o primeiro do mês de dezembro do grande ano de 2007 e nasce com a missão de registrar a maior aventura da vida deste diretor de arte que vos escreve. Sonho antigo, a possibilidade de morar na Big Apple nasceu de um plano de viagem turística, backpacker mesmo, de apenas 10 dias e foi crescendo descontroladamente até a marca de 100 dias que pretendo cumprir.

Durante a evolução projeto, o visto de turista se transformou em visto de trabalho temporário (J1), o que me permitirá trabalhar legalmente nos EUA até o dia 15.03.2008. Depois disso, fico mais 10 dias cumprindo o plano original, como backpacker. Fazendo um merchan, estou indo pela Intercultural, com um programa de trabalho chamado Work Experience USA® (jabá pra cliente vale, né?).

Assumi 3 objetivos para esta temporada na cidade que nunca dorme:

1. Trabalhar/estagiar em uma agência de propaganda em NYC. É barra, eu sei, mas eu acredito em um Deus que faz milagres. Essa vai ser a melhor bagagem que vou trazer de volta ao Brasil.

2. Trazer material para a minha monografia. O título é Reclames Made in USA - Publicitários brasileiros que deram certo na Madison Avenue. É um trabalho de história oral temática que pretende registrar a trajetória de grandes profissionais brasileiros que atuam no maior mercado do mundo, suas motivações, medos, dificuldades, etc.

3. Viver sem medo de entrar em roubadas. Quero arbitrariamente presenciar/participar de situações que rendam histórias capazes de entreter amigos, filhos, netos e algum leitor ocasional. É trip total!

Então é isso. Toda a colaboração é bem-vinda. Dicas, contatos de amigos que moram lá, notícias sobre NY enquanto eu estiver aqui, notícias do Brasil quando eu estiver lá, sei lá. Criatividade gente!

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Leandro Tuxo é cristão, gaúcho publicitário, diretor de arte da Propague (SC), marido fiel e pai dedicado. (Não necessariamente nessa ordem).

Foi advertido diversas vezes sobre o alto custo de vida em New York City, mas não deu ouvidos aos pessimistas.

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