Esse é o diário de bordo da minha aventura na metrópole do mundo.


Fairy Tale's Ad World


Campanha da Melissa criada pela Tupiniquim BorghiErh/Lowe. Clique aqui para ver as outras peças.
Os publicitários brasileiros dormem embalados pelas fábulas das agências estrangeiras e suas verbas gigantes, com prazos tão grandes que os olhos mal conseguem ver o deadline. Lá, todo o job é candidato a leão e as opções que ficam na gaveta dariam um Clio cada uma. Conta-se para os estagiários que estas maravilhas existem numa terra distante, com clientes multinacionais cheios de planejamento e graça. E assim nossos crativos crescem, acreditando que moram no pântano da propaganda, reclamando do fedor que acham que sentem e sonhando em uma dia atravessar os mares pra viver nesse reino encantado.

Você já deve ter ouvido histórias sobre os destemidos que enfrentaram dragões, desposaram princesas e hoje moram perto do castelo. Cavaleiros valorosos que são o orgulho de uma nação. Ao contar seus fatos heróicos, cada Sir aumenta seu próprio dragão e coloca mais brilhantes na sua taça, mas na falta de testemunhas, acredita-se sem pestanejar no que eles dizem.

Olhando atentamente percebe-se que as ruas não são de ouro, que o castelo de cristal é feito de vidro e as lindas donzelas – que usam Botox – já não são assim donzeeeelas, no sentido bíblico da palavra. De perto você vê que custa caro morar dentro do castelo e, por isso, a maioria dos cavaleiros moram ali pertinho, nas terras das "Rainhas".

Não quero aqui acabar com o sonho de nenhum pretenso Arthur, muito menos de seus cavaleiros da idéia redonda. A terra prometida de fato existe, e é um dos maiores cases dos publicitários que moram lá. Passar a história de geração a geração não só os valoriza como também deprecia você. Olhe a sua volta e me diga: o que você está vendendo? Se é pântano que você vende, vão comprar você a preço de ogro.

Dicas de um local


Depois de quase 3 meses habitando em NYC, me sinto no direito de dar algumas dicas para os turistas eventuais. Ainda não fiz tudo o que planejei, mas já deu pra descobrir algumas coisas legais e dicas práticas que podem deixar uma primeira visita à Big Apple um pouco mais interessante.

1. Que época do ano você vêm?
Esta parece uma questão óbvia, mas não é. Desde "o que vestir?" até "o que fazer?" são afetados pela estação, e planejar-se para a época errada pode ser frustrante. Quer um exemplo? No verão, o melhor horário para ir ao Top of the Rock ou ao topo do Empire States é 7pm: numa visita de 1h30 você vê os prédios de cima à luz do dia, curte o pôr-do-sol e ainda fotografa a cidade iluminada. Se você vier em Janeiro, 4h30pm já é noite. Por isso, cuidado com dicas de amigos que vieram em épocas diferentes. Algumas atrações podem não estar funcionando e você perde um tempo precioso atrás de uma furada.

2. Quanto você pretende gastar?
Na Meca do consumo, é muito fácil estourar todos os cartões de crédito sem sequer perceber. Tenha um mínimo de planejamento, estipule limites antes de sair do Brasil e reserve algum dinheiro pra compras inesperadas: acredite, elas vão acontecer. Tenha em mente que é possível se divertir em NYC com 15 ou 3.000 dólares por dia, depende das suas escolhas.

3. O que VOCÊ gosta de fazer?
É bastante comum chegar a NYC com inúmeras dicas de um milhão de amigos que vieram, de sites, de revistas de viagem, etc. Tenho certeza que todas são excelentes – afinal, aqui é Nova Iorque – mas você pode ficar entediado dentro de um museu se essa não é sua praia. Se você se deslocou até aqui e tá pagando uma baba por cada minuto, não desperdice seu tempo (e dinheiro) em coisas que não te agradam DE VERDADE. São tantas coisas pra ver que se você quiser fazer o programa completo tem que ficar um mês, no mínimo. Escolha os pontos turísticos que você quer visitar baseado nas suas preferências, não aceite a imposição do gosto dos outros na sua viagem. Ao chegar na cidade, pare na primera banca e compre a revista New York Time Out. Custa 4 dólares e tem praticamente TODA a programação da cidade para a semana (de quinta à quarta) com comentários, valores, endereços, etc. Não é uma revista turística, ou seja, não vai falar nada sobre o Touro de Wall Street, mas você vai encher suas noites com atrações fantásticas e – se essa for a intenção – gastando pouco.

4. Compre um Metrocard.
Não importa o dia, a hora ou a estação, chegando no aeroporto compre um Metrocard Unlimited PASS. Tem Daily ($7), Weekly ($25), 14-Days ($45) e Monthly ($81). Escolha de acordo com número de dias que você vai ficar e aproveite a liberdade de pegar metrôs e ônibus quantas vezes quiser sem se preocupar com a passagem. Sem pena de gastar uns dólares de passagem, você vai economizar tempo e sola de sapato. No fim das contas seu dia rende muito mais.

5. Mapa
O "The Map", o mapa do metrô de NYC é grátis em qualquer estação da cidade. Basta pedir ao carinha que fica dentro da caixa de vidro. Tenha SEMPRE um Map na mochila (sim, ande de mochila!), dobrado de maneira que Manhattan fique facilmente acessível. Lembre-se que a cidade é dividida em East e West sides e a linha divisória é a 5th avenue. Os número começam nela e vão aumentando à medida que você vai para o leste ou para o oeste. Nas ruas em que todas as linhas de metrô tem estação (14, 23, 34, 42 e 50) existem linhas de ônibus crosstown que atravessam a cidade no sentido leste-oeste. Existem linhas que cruzam o Central Park também e muitas outras que fazem rotas mas complexas. Pegue o mapa de ônibus na estação do metrô só se for ficar mais de uma semana. Como são muitos ônibus, você pode perder mais tempo tentando se achar do que andando uma ou duas quadras.

Redatando


Até que não foi uma escolha dfícil
Ao escrever o primeiro post deste que é o meu oitavo blog (com exceção de dois blogfolios, os outros não chegaram nem ao quinto post) me perguntei se com um assunto de verdade e conteúdo sendo gerado diariamente eu finalmente conseguiria emplacar alguns leitores. Manter um blog não é tarefa fácil. Além da disposição pra escrever, o blogueiro inciante tem que ter disposição e perseverança (leia-se cara-de-pau) pra passar os dias a enfiar seu link goela abaixo dos familares, amigos, conhecidos, desconhecidos (e até inimigos) na esperança de que alguém goste de uma linha que seja e volte uma segunda vez por vontade própria.

Grande parte dos que lêem este post agora foram "impactados" por esta "estratégia" desde a primeira semana numa freqüência estonteante. Como feedbacks arrancados sob tortura não servem para avaliar a qualidade do texto, segui com a estratégia. Hoje, graças a vocês, caros leitores, este blog comemora a marca de 1.750 pageviews em apenas 88 dias e com uma taxa de retorno de 62%. E, mais do que números, vários depoimentos espontâneos e leitores que chegaram aqui via Google, sem nenhuma pressão psicológica ou indicação. Não é o máximo?

Sempre gostei de escrever, mas definitivamente este é o ápice desse hobby. Nunca antes havia escrito tanto e nem pra tanta gente. Tem até uma corrente circulando nos emails por aí com um abaixo-assinado sugerindo que eu vire redator. Quem estava na OneWG quando comecei nessa coisa de propaganda deve lembrar que eu cheguei a cogitar a possibilidade. Desisti por um motivo bem simples: computador de redator geralmente é velho, feio e não roda Call of Duty.

Should I stay or should I go?


O hit de The Clash foi a melô dessa semana
Como na segunda foi feriado (President's Day), a terça foi eleita como o primeiro dos últimos dias que ficarei em solo americano. Cheguei cedo na agênca e fui dar o 2 weeks notice (ou aviso-prévio) para a minha diretora de criação. Já tinha tudo planejado, esquematizado, resolvido. Meu salário aqui não era suficente pra "constituir família", meu visto estava acabando, a saudade aumentando, a mala já estava cheia de badulaques e a Uniqe gritando por socorro. Fui pra reunião com a cabeça feita e fiz o que a cabeça mandava: pedi demissão. Como em toda agência do mundo, ela também pediu uma semana a mais pra achar alguém capacitado, essas coisas. Eu já contava com isso. O que eu não contava era com a disposição desse pessoal em me manter aqui. E pior, sem saber o porquê. Não fiz nada além de folder, folheto, catálogo e, como diria o Rios, saudades, sentimentos e afins. Nenhuma campanha, nenhum anúncio, chamada, idéia, nada. Parece que eles gostaram das piadas que ando fazendo.

Tão rápido quanto o meu discurso ensaiado, o pessoal sacou a garrucha e começou a desbancar todas as minhas desculpas pra voltar pra ilha tropical. Num minuto, alguém já tinha ligado pra um advogado especializado em imigração, outro já estava no pé do ouvido sussurrando que saudade é assim mesmo e já estávamos falando em valores de aluguéis. Até o Martin, sócio da agência que estava de férias, ligou – da Flórida – pedindo pra eu ficar. E na quarta a coisa não foi diferente. Falou-se em aumento de salário, de custeio de passagens aéreas toda vez que tivesse que renovar o visto e até em negociar moradia (a agência tem alguns imóveis de aluguel). Depois de trabalhar de cucaracha, este tipo de "valorização" mexeu comigo.

Além de todas essas promessas e benefícios, os caras estão me chantageando com a Corona. Em duas semanas o job entra pra criação e, pela primeira vez, eu pegaria um dos filés. Fiz caquerada da Canon até agora e quando vou embora eles querem me dar Corona. Sacanagem...

Balancei, confesso, mas estou convicto novamente. Em 20 dias deixo Manhattan em direção à Ilha de Santa Catarina. Ao invés de me acotovelar entre os leões, quero dar o braço a essa turma bacana de Floripa e, seguindo o apelo do Rogerinho, fazer uma propaganda diferente. Vamos botar Santa Catarina no mapa!

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Silêncio


Sorry, fellows. Estive ausente do blog por vários dias e até recebi reclamações (parece que tem gente lendo!). Semana passada estive bastante ocupado na agência durante o dia e de cicerone durante as noites e no final de semana. Recebi visitas do Brasil e acabei me divertindo mais do que as turistas. Fiz inúmeras coisas que se estivesse sozinho dificilmente teria feito e isso gerou muita história pra contar. Prometo que nos próximos dias estarei com dedicação redobrada pra contar todas as aventuras desse gordinho dando uma de turista em NYC.

Valentine's Day



No Brasil, hoje é mais uma quinta-feira comum. Aqui é Valentine's Day - o Dia dos Namorados. Hoje é dia de lotar restaurantes, esvaziar floriculturas e cometer todo tipo de loucuras em nome do amor. É dia de de pedir em casamento, de prometer amar pra sempre, de roubar beijos, de trocar olhares e falar tudo sem dizer nada. É dia de passear de mão dada pelo parque, de alugar uma carruagem, sentar na beira do lago e espantar o frio com um abraço sem fim. Hoje é dia de esquecer que a vida é dura e aproveitar seu conto de fadas particular.

E com esse sem-número de coraçõezinhos pairando no ar, fico meio deslocado sozinho em meio a tantos apaixonados. Meu amor está aí, numa simples quinta-feira brasilera sem sequer imaginar que hoje vai receber flores.

Neny, te amo muito. Sinto falta do teu abraço. Ontem o John Pizzarelli tocou uma música que me lembra você. Clique aqui e ouça-a.


These foolish things

A cigarette that bears a lipstick's traces
An airline ticket to romantic places
And still my heart has wings
These foolish things remind me of you

A tinkling piano in the next apartment
Those stumbling words that told you what my heart meant
A fairground's painted swings
These foolish things remind me of you

You came, you saw, you conquered me
When you did that to me
I knew somehow this had to be

The winds of March that make my heart a dancer
A telephone that rings but who's to answer?
Oh, how the ghost of you clings
These foolish things remind me of you

The smile of Turner and the scent of roses
The waiters whistling as the last bar closes
The song that Crosby sings
These foolish things remind me of you

Mustard Chicken Breast



Iscas de frango ao molho de mostarda

Ingredientes:
  • 1 peito de frango (200g) desossado
  • 1 potinho de molho Barbecue do McDonalds
  • 5 sachês de mostarda de boa qualidade
  • 2 potinhos de manteiga daqueles de avião/hotel
  • sal e pimenta a gosto
Corte o frango em tiras da largura do seu dedo indicador, mas com cerca de metade do comprimento dele. Tempere o frango com sal e pimenta. Coloque a manteiga na panela e espere derreter. Adicione o frango e tampe a panela. Quando o frango estiver com uma coloração esbranquiçada, sem qualquer indicativo de rosa-cru, adicione o molho barbecue que você pegou no McDonalds e mexa bem. Quando o frango estiver dourado, adicione a mostarda (pode ser do McDonalds também) e continue mexendo até a coloração amarelo-gema da mostarda começar a escurecer. Sirva com arroz e salada.

Rendimento: 2 porções



Caso você não tenha sal e pimenta, não precisa se preocupar. Passe em qualquer loja do Burger King e seja feliz. Como você pode ver, a única coisa desta receita que você de fato precisa comprar é o frango.



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DiDiBi, uai!



Que saudades de comer um pão de queijo...
Mais do que falar da DDB, este post vai falar da mineira que trabalha(quase-ava) lá. Laura me recebeu com toda a delicadeza e simpatia do mundo, e só não me ofereceu pão-de-queijo porque é difícil achá-los por aqui. Apesar da correria que tem vivido com o lançamento de mais um livro, mudanças por vir, jobs de chá para Arábia Saudita e a difícil tarefa de escolher uma agência no Brasil, ela abriu uma brecha na agenda e conversamos três vezes mais tempo do que havíamos planejado.

Na entrevista, Laura contou sua história desde um estágio não remunerado na LOWE, passando pelo Young Creatives, sua ida para a DM9 e a estratégia para chegar em NYC. Ela também ensinou maneiras de mostrar a pasta por aqui, falou sobre salários, verba, vida depois da agência e (pasmem) reclamou do excesso de prazo. Eu, que já era fã dos textos, passei a gostar ainda mais dessa "minina de Belonzonte".

Assim como na Saatchi & Saatchi, não avancei na agência além de uma sala de reuniões próxima da recepção, portanto, o que posso escrever sobre a DDB NY é: a recepção é bonita. Desculpem-me os curiosos.

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Doyle, Dane, Bernbach



A DDB é uma agência-lenda na história da propaganda mundial. Foi, na pessoa de Bill Bernbach, pioneira na propaganda criativa. Enquanto todo mundo fazia anúncio testemunhal estilo "eu uso sabonete X porque é bom", a DDB fez este anúncio-marco para a VW.

Amanhã vou conhecer a original. Já trabalhei em uma DDB, a EugênioWG Sul DDB, mas acredito que a gente naquela época estava muito longe de ser uma DDB de verdade. Amanhã vou entrar no número 437 da Madison Avenue para entrevistar a Laura Esteves e confirmar essa suspeita. Quando sair de lá conto como foi.

Bill Bernbach made a huge impact on modern advertising. In fact, he is often credited as the inventor of modern advertising and the leader of the "Creative Revolution" of the 1960's. By realizing the value in a close working relationship between copywriters and art directors, Bernbach created an ad creation style that thrived upon an equal and complimentary relationship. As a result, the ads were more creative, more enjoyable, more memorable, and ultimately more effective. Bernbach also founded one of the most successful and powerful advertising agencies in the world. DDB, Doyle, Dane, Bernbach, now known as DDB Needham, has continued to be one of the most respected and top-ranked agencies for the past four decades. In ad age's survey of the top 100 campaigns of the century, DDB was awarded more than any other. And Bill Bernbach was chosen as the single most influential person in the last 100 years of advertising.

Fonte:www.ciadvertising.org | Blogged with Flock

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iPod Tóchi




Atendendo a insistentes pedidos de um dos mais assíduos leitores deste blog, aqui está o post sobre o iPod Touch que comprei no sábado.

Com a dúvida sobre o desbloqueio do iPhone no Brasil e a dificuldade de comprar um sem contrato aqui em Nova Iorque, resolvi ficar com um iPod Touch 16GB. O preço dele na Apple Store é US$399 + imposto (8%), ou seja, US$ 430, 92. Apesar de querer muito, não estava "disposto" a pagar essa pequena fortuna pelo brinquedo. Minhas opções eram comprar um de 8G (US$108 mais barato) ou buscar no mercado negro. Achei no mercado negro.

Não estamos falando de iPod roubados ou coisas desse tipo (pelo menos eu acho que não). Achei no craigslist.com (sempre lá) um cara que havia ganho de natal dois iPods Touch e estava vendendo um deles ainda lacrado na caixa. Ele estava pedindo US$350 mas acabou vendendo por US$300. Gastei mais US$20 pra fazer o upgrade dos novos softwares e, no final das contas, acabei economizando US$110,92. Tenho nas mãos um iPod Touch 16GB mais barato que um de 8GB.

É impressionante como esse negócio vicia. Não vou mais no banheiro sem ele. É um ótimo companheiro para as "horas difíceis". No trem, indo para o trabalho, também é excelente. Escrevo emails, faço anotações, ouço música, vejo filmes, fotos, programo a agenda pra não esquecer mais dos aniversários, principalmente dos de casamento. Alguns recursos precisam de internet wireless e, como não tenho em casa nem no trabalho, acabo usando pouco. Descobri uma rede na Penn Station e baixo os emails lá antes de pegar o trem.

Outra coisa fantástica é poder mostrar o portfolio no iPod. Nas duas visitas que fiz, depois da entrevista, saquei o menino e joguei sobre os feras. Todo mundo curte deslizar os dedos sobre o vidro e isso ajuda na hora de mostrar o trabalho. Com ele, em dois minutos você mostra seus filmes, anúncios e spots pra qualquer pessoa.

Apesar de toda essa facilidade, achei que ainda faltam algumas coisinhas no Touch. Infelizmente não há mais a possibilidade de usar como Data Storage, ou seja, não serve pra você levar seus arquivos de trabalho de um lado para o outro. Eu costumava carregar no iPod alguns arquivos como fontes, texturas, preferências e com ele não posso mais. Outro ponto contra é que alguns acessórios interessantes não funcionam no Touch. Queria comprar um adaptador para baixar as fotos direto da câmera para o iPod, mas não funciona. Quem quer esses features tem que comprar o Classic. Faltam também joguinhos, copiar e colar, uma maneira de transferir arquivos de texto (notes, emails) do iPod para o computador e vice-versa e suporte a aplicativos de terceiros. Infelizmente a Apple está adotando essa política Microsoftiana de proibir, o que nos empurra para o lado negro da força. Estou pensando em desbloquear o iPod em breve. Pô, Tio Jobs, pra que regular mixaria?


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Super Tuesday



The Republican Elephant and the Democratic Donkey
Ontem a América foi às urnas para decidir quem disputará as eleições no fim do ano. Sim, eles votam nos pré- candidatos e depois, no fim do ano, é que rola a eleição pra valer com os dois escolhidos, um de cada partido. O estranho é que não é exatamente o voto do povo que decide as eleições (ou pré-eleições). Eles tem um outro método, através de delegados que eu até tentei entender pra escrever sobre e parecer politizado no blog, mas depois de perguntar pra três americanos e ouvir deles (que viveram a vida toda aqui) que também não entendiam muito bem como exatamente a coisa funciona, desisti. Esse post agora vai falar da minha super-terça.

Ontem fui visitar a Young & Rubicam e a Saatchi & Saatchi e entrevistar o Kléber Menezes e o Ícaro Dória, respectivamente, para a monografia. Como na política americana, apesar de os dois serem diretores de criação de grandes agências em NY e buscarem um objetivo comum (o sucesso dos seus clientes), eles – e suas agências – têm posturas muito diferentes em relação à propaganda e ao modo de se fazê-la. Abaixo, comentários escritos logo após sair pela porta de cada um deles.

A Y&R NY é uma tradicional agência da Madison Avenue: gigante na estrutura e "segura" na propaganda. Eles tem diretor disso, diretor daquilo, Juniors, Seniors, ilustradores, bureau e plotter in house, etc mas funcionam de forma dura e burocrática. Não senti um clima de tesão pela propaganda fluindo pelos corredores, mas apesar disso, me senti bastante à vontade por lá. Me senti um igual, parte da grande tribo de pessoas estranhas, que não se encaixam sob nenhum rótulo e nunca pagam suas contas em dia. Pela primeira vez em Nova Iorque me senti um publicitário.

Entrar na S&S foi como ser transportado para um lugar no futuro. Ou pra outro planeta, sei lá. Desde a recepção (com dois rapazes de sexualidade duvidosa) até o papo com o Ícaro, tudo me fez sentir como um ET. Não como um daqueles que tem nave espacial, tecnologia ultra-avançada e que - apesar da feios pra dedéu - têm uma inteligência sobre-humana Me senti como um alienígena atrasado de um planetinha muito mixuruca no sul da galáxia do samba. Os caras estão um milhão de anos-luz à minha frente. Até a dupla de estagiários já tem leão na prateleira. De ouro. A S&S foi agência do ano em praticamente todos os grandes festivais no ano passado, Grand Prix, Clios, Leões, etc. Nesse planeta da superpropaganda, entrar na Archive é o lanche da tarde.

Obrigado ao Kléber e ao Ícaro que me receberam superbem, abriram as portas das suas agências e espaço nas suas agendas para participar deste projeto e compartilhar com mais gente as aventuras e desventuras de ser publicitário na Grande Maçã.

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Terça promete



Tomando cerveja sim, e daí?
As coisas realmente começaram a acontecer em NYC. Hoje fui "choppar" com o Kléber Menezes, Diretor de Criação da Y&R NY, em um sushi bar na esquina da Park Avenue com a 18th. Quem me conhece sabe que não sou muito fã de comida japonesa e, principalmente, de cerveja, chopp ou afins, mas o que não se faz por um network básico, não é mesmo? Enfim. Entre goles de Kirin (light pra mim, regular pra ele), conversamos sobre as diferenças entre os mercados, salários de publicitários aqui e em São Paulo, sobre assinatura da Veja e a mídia no Brasil e rimos bastante com piadas e tiradas (estava com saudade disso). Estava conosco o André Bodowski (escrevi certo?), um atendimento que virou cliente e nem quer saber de propaganda criativa. Segundo ele, "a agência tem obrigação de deixar o cliente feliz, não de ser criativa". Foi um excelente papo.

O papo rendeu um convite pra conhecer a agência na próxima terça-feira. Terça também tenho marcada a entrevista com o Ícaro Dória, Diretor de Criação da Saatchi&Saatchi, na Saatchi&Saatchi. Já até consegui um alvará de soltura no trabalho. Como vocês devem imaginar, estou ansioso pra que essa tal de terça chegue logo.

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MacBook Air




Hoje cheguei na Apple Store pra aproveitar o wi-fi grátis e adivinha quem eu encontro? É ainda mais fino e mais leve que na TV (eu vi o comercial na TV!) ou na tela do computador e tem duas USB, não uma só como alguns (Madu, Juba) haviam me dito. Enfim, não é máquina pra mim, estou fora do público-alvo, mas é um brinquedinho muito legal.

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Leandro Tuxo é cristão, gaúcho publicitário, diretor de arte da Propague (SC), marido fiel e pai dedicado. (Não necessariamente nessa ordem).

Foi advertido diversas vezes sobre o alto custo de vida em New York City, mas não deu ouvidos aos pessimistas.

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