Esse é o diário de bordo da minha aventura na metrópole do mundo.


Should I stay or should I go?


O hit de The Clash foi a melô dessa semana
Como na segunda foi feriado (President's Day), a terça foi eleita como o primeiro dos últimos dias que ficarei em solo americano. Cheguei cedo na agênca e fui dar o 2 weeks notice (ou aviso-prévio) para a minha diretora de criação. Já tinha tudo planejado, esquematizado, resolvido. Meu salário aqui não era suficente pra "constituir família", meu visto estava acabando, a saudade aumentando, a mala já estava cheia de badulaques e a Uniqe gritando por socorro. Fui pra reunião com a cabeça feita e fiz o que a cabeça mandava: pedi demissão. Como em toda agência do mundo, ela também pediu uma semana a mais pra achar alguém capacitado, essas coisas. Eu já contava com isso. O que eu não contava era com a disposição desse pessoal em me manter aqui. E pior, sem saber o porquê. Não fiz nada além de folder, folheto, catálogo e, como diria o Rios, saudades, sentimentos e afins. Nenhuma campanha, nenhum anúncio, chamada, idéia, nada. Parece que eles gostaram das piadas que ando fazendo.

Tão rápido quanto o meu discurso ensaiado, o pessoal sacou a garrucha e começou a desbancar todas as minhas desculpas pra voltar pra ilha tropical. Num minuto, alguém já tinha ligado pra um advogado especializado em imigração, outro já estava no pé do ouvido sussurrando que saudade é assim mesmo e já estávamos falando em valores de aluguéis. Até o Martin, sócio da agência que estava de férias, ligou – da Flórida – pedindo pra eu ficar. E na quarta a coisa não foi diferente. Falou-se em aumento de salário, de custeio de passagens aéreas toda vez que tivesse que renovar o visto e até em negociar moradia (a agência tem alguns imóveis de aluguel). Depois de trabalhar de cucaracha, este tipo de "valorização" mexeu comigo.

Além de todas essas promessas e benefícios, os caras estão me chantageando com a Corona. Em duas semanas o job entra pra criação e, pela primeira vez, eu pegaria um dos filés. Fiz caquerada da Canon até agora e quando vou embora eles querem me dar Corona. Sacanagem...

Balancei, confesso, mas estou convicto novamente. Em 20 dias deixo Manhattan em direção à Ilha de Santa Catarina. Ao invés de me acotovelar entre os leões, quero dar o braço a essa turma bacana de Floripa e, seguindo o apelo do Rogerinho, fazer uma propaganda diferente. Vamos botar Santa Catarina no mapa!

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6 Responses to “Should I stay or should I go?”

  1. # Anonymous Anônimo

    Isso. Volta pra cá.
    Já desse um gostinho pros cara, agora volta pra Floripa porque é desse tipo de gente que a gente precisa :)

    Ai te passo pra frente na fila pra carregar luz.
    hahah
    abração  

  2. # Blogger Madu Madureira

    É meu amigo, acredito que você foi preparado para quando chegasse este momento. Agora é uma questão de colocar na balança (o que já deve ter sido feito) e ver para que lado caí o passaporte. Em seu lugar não sei o que faria, uma consulta ao seio quente da família deve dissipar todas as dúvidas. Era isso, seja qual for a boa, estamos contigo.

    Abraços,  

  3. # Anonymous Anônimo

    Eita. É de balançar mesmo...faz uma proposta para a agência de ver o que eles fazem para trazer toda a sua família para NYC... hehehe seria animal...

    Após esse post, concluí o seguinte: Ser casado e pai complica muita coisa... hahahaha...brincadeira.

    Grande abraço.  

  4. # Blogger Haas Duman

    Cade??

    Entao cara, acho que o lance eh cair fora do Brasil. Sei que eh dificil levar a familia toda a primeira instancia, mas devagar tudo se ajeita.

    Depois que a gente sente o gosto da liberdade nao tem como deixar de quere-la sentir.

    Eu nao volto mais! :D

    Abracos,

    ps. cade o post novo????? po! tu quer ferrar comigo eh?? o que vou ler nos meus momentos de vagabundagem aqui?? (como esse agora)  

  5. # Blogger Lu von Borries

    Tuxinho!
    Você sabe que qualquer decisão que tomasse, eu o apoiaria, né? Mas quer saber? Acho mesmo que o mercado catarinense precisa de diretores de arte, assim tão...., tão redatores como você, meu querido!!!!
    Que bom que você vai voltar! Sorte da Uniqe!
    beijão da Lu  

  6. # Anonymous Heiko Grabolle

    Propague de Floripa?

    Abraços da Ilha,
    Chef Heiko Grabolle  

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Leandro Tuxo é cristão, gaúcho publicitário, diretor de arte da Propague (SC), marido fiel e pai dedicado. (Não necessariamente nessa ordem).

Foi advertido diversas vezes sobre o alto custo de vida em New York City, mas não deu ouvidos aos pessimistas.

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